segunda-feira, julho 25, 2016

STRANGER THINGS – PRIMEIRA TEMPORADA (Stranger Things – Season One)



Um fenômeno recente de entusiasmo nas redes sociais foi a série em oito episódios STRANGER THINGS (2016), produzida e disponível no serviço de streaming Netflix. Não cheguei a engrossar o grupo dos fanboys da série – achei um tanto maçante em alguns momentos –, mas aos poucos eu fui começando a gostar (a partir do terceiro episódio, mais ou menos). É o tipo de série que tem mesmo o sabor dos filmes dos anos 1980 que pretende evocar, embora falte algo a mais, como fazer com que nos importemos mais com os personagens.

Não que eles não sejam simpáticos. Gosto da trupe de meninos andando de bicicleta por aí e tentando desvendar o desaparecimento do amiguinho Will, que acontece logo no prólogo do primeiro episódio. No primeiro episódio também somos apresentados à mãe de Will, vivida por Winona Rider, em um papel um tanto over, mas que aos poucos a gente se acostuma. Também há um xerife meio decadente (David Harbour) que ganha o espectador aos poucos.

O eixo da trama é o desaparecimento de Will, mas isso é só o começo para uma série de eventos que envolvem uma história de conspiração governamental, o aparecimento de uma estranha garotinha que depois se junta à turma de meninos, uma subtrama sobre um casal de jovens na escola que depois terão forte importância na conclusão do enredo.

Já existem por aí vídeos feitos por fãs da série que mostram as várias referências a filmes como E.T. – O EXTRATERRESTRE, O ENIGMA DE OUTRO MUNDO, CONTATOS IMEDIATOS DO TERCEIRO GRAU, OS GOONIES, POLTERGEIST – O FENÔMENO, TUBARÃO, ALIEN, O 8º PASSAGEIRO etc. Logo, dá pra perceber que a série puxa pela junção dos gêneros terror, ficção científica e aventura juvenil. Mas, como uma série ou um filme não se faz só de referências, às vezes falta um pouco de identidade própria a STRANGER THINGS.

De todo modo, não deixa de ser bem inventiva no modo como une essas referências e influências, principalmente quando trata do chamado mundo invertido, que é talvez a parte mais empolgante da história. O fato de a série valorizar as crianças como principais descobridores do lugar onde Will está também contribui em trazer mais simpatia. No caso, a busca pelo garoto desaparecido é fortalecida pelo amor tanto dos seus amiguinhos quanto da mãe de Will, que não aceita que seu filho tenha morrido e nunca desiste, não importando se as pessoas considerem-na louca.

A segunda temporada já está garantida. Resta saber o que vão fazer agora. Se vão manter os mesmos personagens ou partir para outra cidade e outra história.

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