quarta-feira, março 19, 2014

NOITE DO TERROR (Black Christmas)



Antes de HALLOWEEN, A NOITE DO TERROR e suas continuações; de SEXTA-FEIRA 13 e suas continuações; de DIA DOS NAMORADOS MACABRO; e outros tantos filmes que serviriam de inspiração para a cinessérie PÂNICO, de Wes Craven, houve NOITE DO TERROR (1974), de Bob Clark, cineasta mais conhecido no Brasil pela pornochanchada americana PORKY'S - A CASA DO AMOR E DO RISO (1982).

NOITE DO TERROR traz no elenco dois nomes conhecidos: Margot Kidder, que se tornaria mundialmente famosa ao interpretar Lois Lane em SUPERMAN – O FILME, de Richard Donner, quatro anos depois, e há a presença também de um dos astronautas de 2001 – UMA ODISSEIA NO ESPAÇO, de Stanley Kubrick, Keir Dullea, aqui no papel do delegado de polícia.

Mas a verdadeira protagonista é a bela Olivia Hussey, que seis anos antes interpretou Julieta em ROMEU & JULIETA, de Franco Zeffirelli, o mais famoso papel de sua carreira. Em NOITE DO TERROR ela é Jess, uma jovem que mora em uma fraternidade só de mulheres. O filme não deixa muito claro o principal objetivo do lugar, mas deve ter algo a ver com ideais feministas. Aliás, não é só isso que o filme não deixa claro. Um dos méritos de NOITE DO TERROR, por exemplo, é não dar muitas explicações sobre o assassino, nem sobre as coisas sem nexo que ele fala ao telefone. Isso o remake de 2006, aqui chamado de NATAL NEGRO, faria questão de explicar, dando uma origem para o assassino.

O filme de Bob Clark, porém, não tem esse interesse, e os assassinatos, ainda que esperados, ocorrem, muitas vezes, de maneira surpreendente na escolha das vítimas, ou no modo como o misterioso assassino brinca com elas, embora pelas ligações, ele pareça ser, antes de tudo, uma pessoa perturbada por traumas de infância.

NOITE DO TERROR pode ter envelhecido um pouco, já que não assusta mais tanto quanto na época e nem provoca choque nos espectadores nas cenas sangrentas, mas há o mérito de iniciar toda uma safra de filmes de jovens sendo assassinados por um assassino misterioso, os chamados slashers. Há também o uso do suspense nos telefonemas do assassino, que filmes como QUANDO UM ESTRANHO CHAMA (as duas versões) explorariam com mais intensidade.  

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