domingo, maio 26, 2013

LULU SANTOS NA GUARDERIA BRASIL – FORTALEZA, 25 DE MAIO DE 2013























Estava na sessão de VELOZES E FURIOSOS 6 quando recebo uma ligação. Era a minha irmã, perguntando se eu queria ir a um show do Lulu Santos. Falou que era de graça e que tinha uma moça que queria me conhecer. Eu, meio ranzinza como ando, falei logo que não. O barulho do filme, que eu nem estava curtindo, na verdade, fez com que eu nem pensasse duas vezes. Já tinha agendado os filmes que veria no sábado. Porém, ao sair da sessão dupla de dois filmes ruins, eu resolvi retornar a ligação. Até porque eu achei que poderia ter sido grosseiro com ela. Resultado: confirmei minha ida.

Meu pouco interesse pelo show se deve ao fato de supor que já não gostava mais de Lulu Santos como gostava nas décadas de 80 e 90. Até porque nem ele faz mais algo de sucesso depois desse período. Se faz, não constou do show, que só teve hits. E confesso que até o momento em que o cantor subiu no palco e cantou as primeiras canções eu ainda estava assim um tanto jururu. Estava na fila pra comprar bebida quando começa o show, com um belo pot-pourri de sucessos oitentistas que serve para mostrar a força daquele artista na memória afetiva de tantos brasileiros. Aquilo me entusiasmou, como eu não pensei que aconteceria.

Cheguei a tempo de não perder muita coisa e vibrei e cantei com sucessos dos anos 80 como "Apenas mais uma de amor", "Um certo alguém", "Toda forma de amor", "Como uma onda", entre outras, quanto com sucessos daquela fase bacana dos anos 90, quando ele fez um som mais próximo da discoteca, com aqueles baixos bem enfáticos e poderosos e um sintetizador bem melódico, em "Já é", "Aviso aos navegantes" e "Assim caminha a humanidade". Canções que apesar de serem bastante tocadas, ganham força redobrada ao vivo.

Aí ele falou que ia cantar uma da série de homenagens que ele anda fazendo a Roberto e Erasmo Carlos. Achei que ia rolar pelo menos umas três desse disco que ele falou que estava no iTunes, mas só rolou o rock’n’roll "Minha fama de mau", que ficou com um tempero bem rock de raiz. Lulu falou que ele não estaria ali se não fossem Erasmo e Roberto trazendo o rock do sul dos Estados Unidos para o Brasil e transformando aquilo em sucesso.

Muitas das canções ganharam roupagens novas e bonitas e o entrosamento entre ele e o restante da banda é de dar gosto. Gostei particularmente de uma belíssima mulata que às vezes canta, toca e principalmente dança no palco. Ela tem uma sensualidade impressionante. Chama-se Andréia Negreiros. Sentimentos e sensações se juntam com a lua, que estava ainda cheia, e depois com a chuva que veio banhar a todos. 

No mais, ouvir as canções, principalmente algumas delas que falam sobre o tempo que "escorre pelas mãos", sobre o aproveitar a vida, fazem com que a gente fique admirando aquele momento especial ali, bem como também podem surgir alguns flashes do passado, ligados ou não a essas canções. E assim ele se despede com a clássica "Tempos modernos", que finaliza com um trio de músicos (o baixista, o guitarrista e o saxofonista) fazendo um belo e um tanto melancólico fechamento para a canção. Foi um show curto, mas encerrar daquela maneira não poderia ser melhor.

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