quinta-feira, fevereiro 07, 2013

HATFIELDS & McCOYS




Uma beleza esta minissérie produzida pelo canal History Channel. Estrelada por Kevin Costner e Bill Paxton e dirigida por Kevin Reynolds – o mesmo que dirigiria o maltratado WATERWORLD – O SEGREDO DAS ÁGUAS (1995), a minissérie HATFIELDS & McCOYS (2012) lida com a interminável briga entre duas famílias americanas, que se estende desde o fim da Guerra Civil e que só conseguiu uma trégua agora, recentemente, nos anos 2000. Mas a minissérie, que pode ser encarada como um grande filme épico familiar, já que é toda dirigida por Reynolds, se concentra principalmente nos patriarcas 'Devil' Anse Hatfield (Costner) e Randall McCoy (Paxton) e seus filhos imediatos.

Pode ser que seja uma impressão minha, mas há uma tendência de a minissérie mostrar os Hatfields como sendo mais simpáticos do que os McCoys. Se por um lado, os Hatfields têm em sua família o tio Jim, um assassino frio e pouco simpático (um irreconhecível e sensacional Tom Berenger), por outro, os McCoys têm um advogado bem maquiavélico (Ronan Vilbert) e logo depois um caçador de recompensas que é alçado à delegado da cidade, o ‘Bad’ Frank Philips (Andrew Howard). Sem falar na garota que é um demônio, vivida por Jena Malone, que tem apenas ódio em sua alma, gerada pelo fato de Jim Hatfield ter matado seu pai.

São muitos personagens, mas a série não se deixa perder. Ao contrário, parece tudo estar em ordem e que vai se tornando mais emocionante depois de uma hora e meia de filme, quando a rixa entre as duas famílias torna a vida de ambas um inferno. Em certo momento, é como se uma nova guerra civil fosse deflagrada.

Alguns momentos são particularmente emocionantes, como a cena em que Anse (Costner) cogita matar o próprio filho, por achar que ele é um traidor. A cena da execução dos três filhos de Randall McCoy também é dolorosa, assim como a execução de um dos personagens mais inocentes e puros da série. Há também o relacionamento do casal das duas famílias que desejam se casar, mas que no fim das contas não encontram a felicidade.

A que atribuir um resultado tão bom vindo de um diretor mediano como Reynolds? Talvez o toque de Costner, talvez a produção e os roteiristas. Kevin Costner, inclusive, se quisesse passar o resto da vida fazendo filmes de caubói não faria mal. Ele poderia se tornar o novo herói do gênero, por mais que já tenha os seus 60 anos. Aliás, a idade foi perfeita para viver o patriarca dos Hatfields, já que ele não aparenta ter essa idade e a maquiagem ajudou a mostrá-lo mais velho, nos seus momentos finais.

Kevin Costner ganhou o Globo de Ouro de melhor ator por seu excelente desempenho nesta minissérie.

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