quinta-feira, dezembro 06, 2012

V/H/S























Pra que melhor propaganda para um filme de terror do que dizer que ele fez pessoas desmaiarem? Dizem que isso aconteceu no Festival de Sundance em janeiro deste ano, quando V/H/S (2012) foi exibido. O filme acabou sendo lançado nos cinemas dos Estados Unidos em poucas salas em outubro passado, mas já havia saído em agosto em video on demand. É, portanto, um lançamento de pequeno porte, mas que chamou a atenção principalmente dos amantes de filmes de horror.

Trata-se de uma antologia dirigida por vários diretores, tendo a ideia já tão explorada do found footage film como único elemento comum entre as histórias. No caso, os filmes são encontrados em fitas VHS. Porém, curiosamente, uma das histórias se passa numa conversa por computador, com uso de uma webcam. Quer dizer, o que originalmente era para ser algo composto de imagens da era do videocassete acabou trazendo também tecnologia contemporânea. Mas o que mais pode incomodar no filme é a desculpa que ele encontra para unir as histórias, dirigidas por dez diretores diferentes. Inclusive, a história que serve de apoio para as demais é a mais fraca de todas, junto com a que encerra o filme.

O diretor mais conhecido é Ti West, de THE HOUSE OF THE DEVIL (2009). Aliás, West está em outra antologia, também com vários diretores independentes, THE ABCs OF DEATH (2012), que eu não sei se já está disponível na web. O referido filme conta com 26 pequenas histórias. Deve valer para conhecer as melhores.

No caso de V/H/S, que tem seis segmentos, eu destacaria a primeira história encontrada na casa, a que traz uma bela desculpa para evitar a câmera na mão o tempo inteiro: um par de óculos com uma microcâmera instalada. O destaque do episódio é uma garota que um grupo de três rapazes leva para um quarto de hotel. Ela é assustadoramente estranha. A história dos quatro jovens que vão parar num lugar desolado, destinados a morrer pelas mãos de uma criatura bizarra também é destaque. Principalmente pelo modo como o monstro é visto (ou não visto) pela câmera.

No fim das contas, V/H/S é um entretenimento tenso e curioso que aproveita muito do que já foi visto em filmes com câmera na mão, que estão na moda hoje em dia, mas que também traz alguns momentos de criatividade. O filme é uma produção de Brad Miskaque, do site de terror Blood Disgusting. Já está na agulha uma sequência: S-V/H/S, prevista para estrear em 2013.

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