quarta-feira, novembro 07, 2012

LOUCAMENTE APAIXONADOS (Like Crazy)



Em momento de carência afetiva, dá vontade de ver uma boa história de amor. Aí peguei este LOUCAMENTE APAIXONADOS (2011) pra ver. Trata-se do quarto longa-metragem de Drake Doremus, mas creio que foi o primeiro que ganhou repercussão internacional, ainda que seja pequena, já que é um filme independente e que nem passou nos cinemas daqui, se eu não me engano, chegando direto em DVD.

Geralmente, nas melhores histórias de amor, há sempre um obstáculo. Seja famílias que são inimigas (ROMEU E JULIETA), diferenças temporais (O FEITIÇO DE ÁQUILA, A CASA DO LAGO), ou mesmo a própria morte (LOVE STORY, LAÇOS DE TERNURA). No caso de LOUCAMENTE APAIXONADOS, o obstáculo do belo casal é a violação de um visto. Diria que há também a falta de uma maior flexibilidade por parte do rapaz, mas isso fica para o espectador dizer se concorda comigo.

Na história, um casal se conhece na faculdade. Ele, americano; ela, inglesa. Ela tem visto para estudar numa universidade em Los Angeles. Mas ao ficar apaixonada pelo rapaz e ao se aproximar o dia de ela ter que deixar o país, ela resolve passar mais uns dias. Foi estupidez. Na hora que ela tentou voltar, foi barrada. Não deixaram mais ela entrar nos Estados Unidos.

O filme tem um andamento lento e com pouca utilização de música. Os próprios diálogos são ditos baixinho, o filme nunca se permite ser histérico. Longe disso. As lágrimas podem vir, mas vêm furtivas, discretas. O casal de protagonistas é formado por Anton Yelchin (de STAR TREK e A HORA DO ESPANTO) e Felicity Jones (de A TEMPESTADE), mas a presença mais conhecida do elenco é de uma coadjuvante: Jennifer Lawrence, que interpreta uma das namoradas do rapaz. Aliás, ela é tão linda que dá até pena trocar ela pela outra, mas o filme obviamente não a mostra tão carismática e interessante quanto Ana, a personagem de Felicity Jones.

LOUCAMENTE APAIXONADOS é um bom filme, mas confesso que frustrou um pouco as minhas expectativas. Talvez por ser muito realista. Será que é porque tem coragem de ser mais despido de floreios ou porque, como bom indie, precisa ser um pouco mais racional, mesmo tratando de um assunto extremamente sentimental? Sinceramente, não sei dizer.

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