segunda-feira, junho 18, 2012

THE KILLING – A SEGUNDA TEMPORADA COMPLETA (The Killing – The Complete Second Season)



O final da primeira temporada de THE KILLING não deixou muita gente satisfeita. Esperar mais um ano para saber quem matou Rosie Larsen pareceu incomodar a muitos. A mim não: até achei interessante. Se tudo tivesse sido resolvido na primeira, não teríamos um episódio duplo tão emocionalmente intenso quanto os que abrem a segunda temporada (2012), com todos os personagens chegando ao fundo do poço de suas vidas e a série deixando de lado um pouco o registro policial para entrar de cabeça no drama pesado.

Sarah Linden não confia mais no parceiro, que por sua vez entra numa situação complicada. Mitch Larsen resolve deixar a família enquanto o marido fica em casa sozinho aguentando as dificuldades de cuidar das crianças. Mas o pior de tudo é o candidato a prefeito Darren Richmond, que depois de levar um tiro no final da primeira temporada, se vê paralítico. Gwen, a namorada, sofre com a dor da culpa do que aconteceu com Richmond. Enfim, cada um enfrentando o seu próprio inferno pessoal.

Aos poucos, porém, a série volta aos trilhos, e a investigação do assassinato de Rosie vai se tornando cada vez mais complicada, com ramificações que levam ao gabinete do prefeito e ao de seu concorrente, a um cassino situado em território indígena (elemento claramente derivado de TWIN PEAKS) e a um grupo de mafiosos poloneses. Enquanto isso, Linden é perseguida pelo pai de seu filho, por não cuidar devidamente bem do jovem rapaz, agindo obsessivamente em relação ao caso. Para ela, enquanto o caso não for resolvido, ela não descansa.

E finalmente chega ao fim a longa jornada e o episódio final conta quem matou Rosie Larsen, com direito a flashbacks da garota em momentos importantes antes de sua morte. Se o resultado final traz furos ou não na trama, não sou eu quem vai atrás de procurar. Mas considero o desfecho bastante satisfatório e em certo momento poético. Ainda assim, tem algo na conclusão que não me deixou completamente satisfeito: talvez o fato de eu preferir ainda o mistério à clareza da resolução dos fatos. Mas o bonito da série é justamente não apontar exatamente pessoas más, mas pessoas comuns que cometem bobagens enormes e que precisam pagar por isso.