domingo, abril 08, 2012

W.E. – O ROMANCE DO SÉCULO (W.E.)



Até que Madonna foi bem ambiciosa em seu segundo longa-metragem. W.E. – O ROMANCE DO SÉCULO (2011) pode ser um razoável programa duplo junto com O DISCURSO DO REI, de Tom Hooper. Os filmes usam pontos de vista diferentes, mas lidam com assuntos que se cruzam, no caso, o romance do príncipe Edward (James D'Arcy) com uma mulher americana casada, Wallis Simpson (Andrea Riseborough). O rei da Inglaterra morreu pouco antes de eclodir a Primeira Guerra. E o príncipe foi proibido de se tornar rei, a não ser que ele deixasse o romance com a mulher. Ele desistiu do trono por amor a ela e sobrou para o irmão gago, que se tornaria o Rei George V. A história do rei gago continua no filme de Hooper.

Quanto a Madonna, sua intenção foi mostrar o ponto de vista de uma mulher que foi odiada por boa parte da sociedade inglesa da época, e entrecortar a trama com uma história contemporânea, de uma mulher fascinada pelo romance que escandalizou a sociedade inglesa, vivida pela bela Abbie Cornish. Ela visita o museu que guarda joias e pertences do casal, bem como leilões de peças raras. Vivendo um casamento complicado, ela passa a ser flertada pelo segurança do museu, um sujeito simpático e gentil, ao contrário do marido.

O filme não é grande coisa, como todo mundo já deve ter espalhado por aí, mas também não o vejo como essa monstruosidade que se pinta, não. Talvez eu tenha sido levado pelos encantos de Abbie Cornish, pelo seu andar elegante, algumas vezes em câmera lenta, se a memória não me engana, pelo seu rosto belo, que faz remeter a outro filme que ela fez, O BRILHO DE UMA PAIXÃO. Provavelmente eu tenha ficado com uma imagem de pureza atrelada a uma paixão prestes a explodir, depois desse filme. Quanto a ser comparado a anúncio de perfume e de joias, realmente não dá para negar que W.E. parece sim. Pelo visto a convivência com o ex-marido Guy Ritchie não foi lá um grande aprendizado para a cantora e diretora.

P.S.: Tem uma matéria no blog do Diário do Nordeste, a respeito do documentário MARLEY, de Kevin Macdonald. Veja AQUI.

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