terça-feira, abril 03, 2012

JOHN CARTER: ENTRE DOIS MUNDOS (John Carter)



Não é que JOHN CARTER: ENTRE DOIS MUNDOS (2012) é uma aventura até que bem decente?! Acabei resistindo a ver o filme, deixando para vê-lo só agora, na quarta semana de exibição. Achei até estranho ter durado tanto tempo em cartaz aqui, já que só falam do quanto o filme deu prejuízo para a Disney. Mas a julgar pelo número de gatos pingados que estavam na sessão, não deve durar mais uma semana, não. De todo modo, trata-se de uma aventura que tem o sabor de velhos filmes que se assistia antigamente, na Sessão da Tarde. Refiro-me mais à narrativa do que aos efeitos especiais, claro.

Se Brad Bird conseguiu migrar para o live action, com MISSÃO: IMPOSSÍVEL – PROTOCOLO FANTASMA, agora foi a vez de Andrew Stanton, o elogiado responsável pelas animações PROCURANDO NEMO (2003) e WALL-E (2008). Não que ele tenha se livrado de vez das animações por computador, pois as criaturas de quatro braços do planeta Marte que o protagonista encontra são todas animações de última geração. E já estamos tão acostumados com CGI que os efeitos do filme são o que menos impressiona. Na verdade, é o que menos importa.

O que importa é o filme conseguir atrair a atenção com um herói praticamente desconhecido do grande público. Eu, pelo menos, sabia que Edgar Rice Burroughs era o criador de Tarzan, mas não conhecia esse outro personagem importante de sua literatura. E o interessante é que já haviam feito um filme contando basicamente a mesma história de JOHN CARTER chamado PRINCESS OF MARS. Só que é uma produção bem menos ambiciosa, digamos assim, já que a princesa é interpretada por Traci Lords. Como o filme é recente (de 2009), talvez nem mesmo a presença de Traci seja um chamariz, já que ela já não deve ter a mesma beleza dos tempos áureos do pornô, nem dos tempos em que começou a fazer policiais B.

A princesa de Marte de JOHN CARTER é a bela Lynn Collins, que já encantou quem a viu na primeira temporada de TRUE BLOOD e em X-MEN: ORIGENS – WOLVERINE. E o jovem rapaz que interpreta o aventureiro que não quer saber de lutar contra apaches e depois é transportado para Marte, tornando-se uma espécie de super-herói, graças à diferença de gravidade entre os dois planetas, é Taylor Kitsch, com grandes chances de chegar ao estrelato.

Quanto ao filme, a aventura é boa, mas acredito que a duração poderia ser um pouco menor. Essa onda de blockbusters (e até comédias) com mais de duas horas de duração deveria ter os seus limites. Eu não me incomodei tanto, mas vi pessoas desistindo do filme no meio, achando chato provavelmente. Não se esperando muito, é possível, sim, se divertir e curtir JOHN CARTER. Lembrando que o personagem é o precursor de muita coisa que veio depois: Star Wars, Senhor dos Anéis e até Superman e Hulk.

P.S.: Tem uma matéria nova no blog do Diário do Nordeste destacando as heroínas dos filmes a serem lançados nos cinemas brasileiros em 2012. Confiram AQUI.

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