quarta-feira, fevereiro 22, 2012

ANDRÓCLES E O LEÃO (Androcles and the Lion)



Mais uma produção que Nicholas Ray ajudou a dirigir, meio que por imposição de Howard Hughes. Se não fosse por sua contribuição, dificilmente teria visto o filme. Mas sabe que até que ANDRÓCLES E O LEÃO (1952) é bem simpático? Aproveitaram a história do leão que tem um espinho na pata e que fica com um sentimento de gratidão para com quem o livrou da dor. Apesar da temática pesada – cristãos primitivos sendo levados para serem comidos pelos leões ou morrerem nas mãos de gladiadores no Coliseu Romano -, o tom do filme é leve, cômico até.

ANDRÓCLES E O LEÃO, creditado ao pouco conhecido diretor Chester Erskine, tem como principal atrativo a beleza exuberante de Jean Simmons, que se destaca entre o grupo de cristãos que são levados pelos romanos. A atriz fez muitos filmes de época, mas tem uma carreira até que bastante eclética e com muitos filmes marcantes. O mesmo talvez não possa ser dito de Victor Mature, que já ganhou a fama de interpretar filmes de época, principalmente épicos bíblicos, como SANSÃO E DALILA e O MANTO SAGRADO.

Mas o Andrócles do título não é nenhum dos dois, mas um personagem que ajuda a levar o filme para o território da comédia, vivido por Alan Young. Quando o filme procura momentos mais leves, lá está ele. Quando exige mais dramaticidade, Jean Simmons está presente, embora também sorria e faça sorrir muito, mesmo nas piores circunstâncias. A caminhada dos cristãos rumo ao Coliseu, em certos momentos, até lembra A VIDA DE BRIAN! Obviamente, trata-se de um filme que enaltece o Cristianismo e que tem uma moral da história que raramente seria vista numa produção contemporânea. Por isso, por Jean Simmons e pelos momentos de diversão, ANDRÓCLES E O LEÃO merece ser visto.

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