quinta-feira, abril 07, 2011

UMA MANHÃ GLORIOSA (Morning Glory)



O filme pode até não ser grande coisa, apesar da direção de Roger Mitchell (UM LUGAR CHAMADO NOTTING HILL, 1999), mas Rachel McAdams faz toda a diferença. Essa garota se revelou em MENINAS MALVADAS, ainda como coadjuvante, mas foi a partir de TUDO EM FAMÍLIA que ela me conquistou de fato, com sua beleza apaixonante e seu sorriso mágico. Seu sorriso, aliás, é tão importante que até no interessante TE AMAREI PARA SEMPRE, ela acaba não se destacando muito, pois passa boa parte do filme chorando ou séria. Fico pensando como ela está no novo filme de Woody Allen, MIDNIGHT IN PARIS, com Marion Cotillard para fazer concorrência.

Em UMA MANHÃ GLORIOSA (2010), ela é uma moça que acabou de perder um emprego numa rede de televisão. Ela é uma batalhadora produtora de televisão que nem tem tempo para uma vida social e afetiva. E sair do emprego não muda muito para ela, a não ser ficar ainda mais preocupada, pois precisa conseguir outro urgente. Assim, ela envia currículos e mais currículos para redes de televisão, até receber um telefonema de um chefe de uma rede de tv decadente, para produzir um programa matinal. O programa é uma espécie de mix de "Bom Dia, Brasil" com Ana Maria Braga. Afinal, o período da manhã não é muito propício para notícias pesadas. Isso é, pelo menos, o que os americanos convencionam ou o que o filme leva a crer.

Se o filme é ou não fiel à realidade de uma rede de televisão, achei isso até pouco importante. Nem acredito que a história tenha sido o grande foco de UMA MANHÃ GLORIOSA. Afinal, a trajetória da personagem é até um pouco previsível. Mas o interessante é que o filme foge um pouco das comédias atuais, que administram o foco em romances. O único romance que aparece no filme não é tão valorizado, que é o caso dela com o personagem de Patrick Wilson. Quem ganha destaque é Harrison Ford, como um ranzinza repórter que se encontrava sob contrato da emissora e que tem um histórico impressionante de reportagens ao redor do mundo. Para ele, participar de um noticiário matinal seria uma humilhação. Mas como ele não tem outra escolha, acaba tendo que apresentar o programa ao lado de Diane Keaton. As cenas das tentativas da nova produtora de alavancar o decadente programa são hilárias.

E curiosamente, o clichê de comédia romântica no final é transferido de maneira diferente nesta comédia. Faltou mais emoção, é verdade, mas ainda assim, é sempre bom sair do cinema se sentindo um pouco mais leve, por mais que o filme visto esteja longe da excelência desejada. Mas não posso encerrar o texto sem dizer uma coisa, por mais machista que seja: Rachel McAdams de calcinha é um dos pontos altos do filme, hein. A gente vê que ela não é só um rostinho bonito. :)

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