sexta-feira, julho 02, 2010

HOUSE - TERCEIRA TEMPORADA (House M.D. - Season Three)



Comecei a ver a terceira temporada de HOUSE (2006-2007) sem o mesmo ânimo das anteriores. Mas, como sempre, quando vai chegando na reta final, os episódios vão ficando cada vez mais empolgantes e só de saber que eu veria HOUSE antes de dormir, depois de um dia cansativo, já era um alento. A temporada começou um pouco diferente. O tiro que House recebeu no final da segunda repercutiu de maneira espantosa nele. Para começar, ele ficou bom das dores na perna e até passou a praticar jogging! Mas, como é de se esperar em quase toda série, as coisas mudam para depois voltarem a ser o que eram antes. O que não torna a série melhor ou pior por isso. Se os produtores e roteiristas conseguem manter o pique, trazendo sempre ideias novas e inspiração, então, não há com o que reclamar. E não dá pra dizer que faltou inspiração nessa temporada. Que talvez só tenha sido um pouco aborrecida naquele arco em que um policial pega no pé de House até levá-lo aos tribunais. Tudo por causa de uma dedada desnecessária!

Casos escabrosos solucionados por House: ele descobre que um desequilíbrio hormonal numa mulher (que tem bigode) pode afetar também crianças, fazendo com que uma menstruação possa surgir numa menina de seis anos. E a tal mulher com testosterona a mais era amante do pai das crianças! Um desses casos difíceis de acreditar. O caso apresentado no último episódio ("Human Error") também é bastante curioso. É possível mesmo uma mulher ter o coração parado por quase 24 horas e logo em seguida voltar a bater? Se bem que eu já tinha ouvido falar em estado catatônico, mas não sei se seria o caso, afinal, dentro de um hospital é possível diagnosticar isso. Ou não? O fato é que a série desmitifica ainda mais a figura do médico, mostrando que, por mais que ele tenha muitos conhecimentos na área, ele estará sempre lidando com casos desafiadores. Mesmo quando o médico é Gregory House.

Enfim, são 24 episódios e a maioria deles, interessantes. Logo, não dá pra falar num único post sobre a temporada completa sem esquecer momentos fundamentais. Fiquei impressionado com o episódio da mulher grávida que sabe os sintomas iniciais de quando vai ter um derrame e inicia um processo mnemônico para minimizar as sequelas. E como esquecer de quando House não consegue urinar, por consequência das drogas que usa, e aplica uma sonda na própria uretra para conseguir se livrar das dores na bexiga? Como esquecer as suas crises de abstinência e irritabilidade? Como esquecer do episódio em que Foreman comete um erro e uma paciente morre? Dá pra sentir um pouco do que é ter o peso de uma vida humana sobre os ombros.

A terceira temporada também destaca mais os relacionamentos entre os personagens. Já que eles são tão dedicados ao trabalho a ponto de não terem uma vida social, é lógico que as relações de amor e ódio entre eles acabam por trazer situações interessantes, como o namoro entre Chase e Cameron, as perseguições de House à sua chefe Cuddy ou a relação pouco amistosa de Foreman em relação aos demais. Mas nada tão divertido quanto as brincadeiras "saudáveis" entre os amigos House e Wilson. Destaque para o episódio em que House coloca três anfetaminas no café de Wilson para deixá-lo "ligado", sem conseguir sequer colocar as luvas para um exame ou falar certas palavras. E depois Wilson dá o troco, fazendo com que House tome um antidepressivo e dê a notícia de que uma garota só tem algumas horas de vida com um sorriso no rosto. Nada como esses momentos divertidos para aliviar a tensão no hospital.

A série também me fez questionar sobre a química do cérebro e o quanto isso pode ou não alterar a personalidade e o humor das pessoas. No episódio "The Jerk", constata-se que o paciente grosseiro e metido à besta não é assim por culpa de algum mal funcionamento bioquímico que pudesse ser ajustado, mas porque ele era mau por natureza. Achei interessante esse tipo de posicionamento. Mas é melhor eu não ficar achando certas coisas "interessantes" sob o risco de ficar parecido com House. Em alguns episódios, confesso ter me identificado com ele.

Agradecimentos especiais ao amigo Zezão, o dono do box. Obrigado pela paciência e pelo tempo, buddy!

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