segunda-feira, março 08, 2010

OSCAR 2010

























A principal mudança do Oscar 2010 todo mundo já sabe: o número de indicados para a categoria de melhor filme, de cinco para dez. Quanto às mudanças na cerimônia, a mais sentida foi a completa retirada dos números musicais. Por um lado, fiquei feliz com isso, afinal, a maioria das canções indicadas são meio xarope mesmo e deviam significar o maior índice de saídas para ir ao banheiro ou fazer uma boquinha. Mas, pô, eu estava ansioso para ver a Marion Cotillard cantando e dançando na festa e nem ela eu vi. Sacanagem. Mas tudo bem. O que compensou um pouco essa falta foram os apresentadores. Há tempos não escalavam uma dupla que desse tão certo. Steve Martin e Alec Baldwin estavam perfeitos e brincaram com Meryl Streep na plateia, lembrando o triângulo amoroso de SIMPLESMENTE COMPLICADO. Brincaram também com os demais indicados, atores, atrizes e diretores. E a piada dos óculos para enxergar o James Cameron foi ótima. :)

Aliás, James Cameron foi zoado pelo menos mais duas vezes durante a cerimônia. E acabou perdendo o Oscar para a ex-esposa e o seu GUERRA AO TERROR. O que pra mim foi uma vitória bem satisfatória. O Oscar não tem obrigação de premiar o filme mais caro, como deu a entender Rubinho, dizendo que a Academia deu um tiro no próprio pé, ao não dar os prêmios principais para AVATAR. Falando em Rubinho, não sou muito de pegar no pé dele, mas na hora que James Taylor cantou "In my life" em homenagem aos mortos do ano passado, eu fiz questão de calar a boca do apresentador com a tecla SAP. O cara ficar tagarelando atrapalha a beleza de um momento tão bonito.

Outro momento especial, o melhor da noite, na verdade, foi a homenagem feita a John Hughes. Quem tem mais ou menos a minha idade tem um carinho especial pelos filmes dirigidos por ele nos anos 80. Deu uma vontade de rever aquilo tudo. Mas a homenagem que pra mim não funcionou foi a dos filmes de horror. Foram escolhidos só obras bem conhecidas e na "falta de outras opções", colocaram várias cenas de O ILUMINADO. A melhor "homenagem" ao cinema de horror foi mesmo a piada que Steve Martin e Alec Baldwin fizeram em cima de ATIVIDADE PARANORMAL. Mas triste mesmo foi a homenagem às avessas a Roger Corman e Lauren Bacall. Puta falta de respeito com dois nomes tão importantes da história do cinema.

Quanto aos prêmios, o que me deixou mais feliz foi, de longe, o Oscar para Sandra Bullock. Que mulher encantadora e cheia de senso de humor. Jeff Bridges foi outra pessoa querida que foi recebida de pé. Todo mundo gosta do "Dude". Como o prêmio para Christoph Waltz já era certeza, o legal mesmo foi ver Kathryn Bigelow tomando o prêmio das mãos do ex-marido e entrar para a história como a primeira mulher a vencer o prêmio de melhor diretor. E com um filme de ação. A Imagem Filmes vai agora ter que ampliar o circuito de exibição de GUERRA AO TERROR nos cinemas.

O saldo final foi positivo. Apesar dos prêmios para PRECIOSA, do número de dança chato e da pressa de Tom Hanks para falar o nome do filme campeão. Abaixo, Rachel McAdams e Demi Moore, as mais belas da noite.


Lista dos vencedores

Melhor filme - GUERRA AO TERROR
Melhor diretor - Kathryn Bigelow (GUERRA AO TERROR)
Melhor ator - Jeff Bridges (CORAÇÃO LOUCO)
Melhor atriz - Sandra Bullock (UM SONHO POSSÍVEL)
Melhor ator coadjuvante - Christoph Waltz (BASTARDOS INGLÓRIOS)
Melhor atriz coadjuvante - Mo'Nique (PRECIOSA)
Melhor animação - UP - ALTAS AVENTURAS
Melhor roteiro original - GUERRA AO TERROR
Melhor roteiro adaptado - PRECIOSA
Melhor filme estrangeiro - O SEGREDO DE SEUS OLHOS (Argentina)
Melhor direção de arte - AVATAR
Melhor fotografia - AVATAR
Melhor figurino - A JOVEM RAINHA VITÓRIA
Melhor edição - GUERRA AO TERROR
Melhor maquiagem - STAR TREK
Melhores efeitos visuais: AVATAR
Melhor trilha sonora - UP - ALTAS AVENTURAS
Melhor canção original - "The Weary Kind" (CORAÇÃO LOUCO)
Melhor edição de som: GUERRA AO TERROR
Melhor mixagem de som: GUERRA AO TERROR
Melhor curta de animação: LOGORAMA
Melhor curta-metragem: THE NEW TENANTS
Melhor documentário de longa-metragem - THE COVE
Melhor documentário de curta-metragem - MUSIC BY PRUDENCE

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