quarta-feira, dezembro 02, 2009

BALL BUSTERS























Vamos esquentar um pouco este espaço mais uma vez com mais um clássico do cinema pornográfico. Tirem as crianças da sala! O mais recente exemplar que eu vi foi este BALL BUSTERS (1984), dirigido por Alex de Renzy, que até o final dos anos 90 produziu bem mais sob a alcunha "Rex Borsky", o pseudônimo que ele usava para fazer pornô ainda mais casca-grossa. Mas antes dessa fase mais agressiva e industrial, iniciada com o mercado de vídeo, ele fazia alguns trabalhos bem interessantes, como PRETTY PEACHES (1978) e suas continuações. Lembro de ter visto o segundo ou o terceiro filme da série em vhs na época do lançamento e gostei bastante. Sabor de filme erótico classe A.

A falta de veículos sérios sobre filmes pornográficos é um problema. Principalmente aqui no Brasil. Lá fora talvez tenha, mas desconheço. Principalmente na web. Refiro-me a publicações que tragam resenhas ou reportagens sobre lançamentos e filmes mais antigos. Sem veículos, fica difícil até identificar as performers. Saber de onde elas vêm é quase tarefa de detetive. No caso de BALL BUSTERS, eu pelo menos já conhecia duas das moças: Ginger Lynn (como não conhecer?) e uma das bundas mais belas do pornô: Nina Hartley.

Impressionante como Nina, já nos anos 80, já previa o que seria a tendência nos 90, ou seja, menos pêlos, tudo lisinho. Pena que de Renzy não soube aproveitar tão bem seus atributos, com mais tomadas do fantástico traseiro de Nina. Coisa que John Stagliano não deixaria de aproveitar logo que tivesse oportunidade - lembro-me de A VINGANÇA DE BUTTMAN, com John em estado de graça.

A cena mais excitante de BALL BUSTERS talvez seja mesmo a primeira, com a loirinha de penteado moicano sendo cercada por dois policiais, que ficam fazendo de conta que estão verificando se a menina está de posse de alguma droga. E pra isso eles têm que saber até se ela esconde algo na garganta! Mas a cena é excitante porque eles usam muito diálogo, muito dirty talk, durante a cena. A loirinha se chama Lois Ayres. Não sei se ela chegou a ficar famosa.

Mas as cenas mais aguardadas estariam por vir. Depois de uma boa cena de lesbianismo, é a vez de vermos John Leslie mandando ver em Nina Hartley. Ou seria o contrário? John Leslie acabou se tornando um dos melhores diretores de filmes pornôs e no filme ele é também o narrador, apresentando didaticamente os nomes dos performers e das estrelas em ascensão. Quase um serviço de utilidade pública. Na época, Ginger Lynn ainda não era a estrela que se tornaria. E Leslie e de Renzy já previam isso.

Legal também ver as meninas falando para a câmera. Deixa tudo mais interessante fazer com que elas contracenem, como atrizes de verdade. Ou quase. Teve mais uso do fast forward do controle remoto do que eu esperava, mas ainda assim é bem mais atraente do que a grande maioria dos pornôs atuais, até porque as cenas são mais curtas. E, hell, ver Ginger Lynn se despindo, louca por sexo e em ação ainda é uma das coisas mais impressionantes que a cena hardcore já produziu. Ela não se tornou uma lenda por acaso. A mulher era mesmo uma brasa. Ou pelo menos enganava a gente direitinho.

Fechando o filme, mais uma cena de dirty talk: Joanna Storm falando ao telefone enquanto se masturba. Aquilo ali deve ter enlouquecido plateias de todo o mundo. Era pre-internet, quando o serviço de sexo por telefone era bem popular. E Joanna, se não é tão bela quanto as outras, tem um jeito de falar tão sexy que não dá pra não entrar no seu jogo. Imagina só aquilo passando no cinema. Com essa cena final, o bando de marmanjos da época, se já não tivessem gozado nas calças, já deviam estar bem doidos para se aliviarem no banheiro mais próximo. Esses eram os anos 80. A era de ouro do cinema pornô.

A cópia foi originalmente ripada de um vhs, mas a qualidade está bem boa. A falta de legendas é uma boa oportunidade de exercitar o inglês. ;-)

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