segunda-feira, novembro 02, 2009

MATADORES DE VAMPIRAS LÉSBICAS (Lesbian Vampire Killers)



E o que parecia uma grande diversão se revelou uma grande bobagem. MATADORES DE VAMPIRAS LÉSBICAS (2009) mostrou-se uma bela jogada de marketing. O título era atraente e o trailer, divertido, mesmo revelando o apelo trash da obra. Tanto que muita gente, como eu, preferiu conferir o filme de qualquer jeito, mesmo já tendo lido algumas críticas bem negativas. Afinal, é preciso ver com os próprios olhos.

A fórmula "comédia mais filme de vampiro" já rendeu alguns bons frutos. Basta lembrar de A HORA DO ESPANTO e sua continuação. Mas Hollywood sabe lidar melhor com esse tipo de diversão mais pop. Sem falar que nesses dois filmes os criadores souberam explorar também o aspecto terror, ainda que de maneira bem descontraída. MATADORES DE VAMPIRAS LÉSBICAS, no entanto, por mais que tenha alguns seios à mostra, na tradição dos filmes de vampiras de Jess Franco e Jean Rollin, é tão "inocente" em seu humor que chega a incomodar, parecendo um filme feito para pré-adolescentes, que talvez seja mesmo o público-alvo.

Se eu já não sou fã do humor de TODO MUNDO QUASE MORTO, de Edgar Wright, que é, em tese, um bom exemplar do gênero, com direito a cenas gore tão boas e pesadas quanto às dos filmes de zumbis mais sérios, começo a suspeitar que o problema está na falta de habilidade dos britânicos para esse tipo de comédia. Logo eles que trazem no currículo o Monty Python e a Hammer Films. Mas os tempos são outros e a comédia sexual, a pornochanchada (termo fora de moda), praticamente não existe mais. Mas ainda que a intenção do filme fosse ser mais comportado, até para conseguir um público maior, isso não é desculpa para que o resultado final saísse tão pífio.

Para começar, os dois nerds que resolvem viajar para um lugar qualquer da Inglaterra a fim de esquecerem o fato de terem sido chutados pela namorada e pelo emprego não têm a menor graça. São dois sujeitos com cara de idiotas sem o menor carisma e os criadores do filme não sabem criar um momento engraçado sequer. Unzinho, para garantir uma gargalhada tímida que seja. Nada. Quer dizer, me senti enganado. Assim como praticamente todo o público presente na sala. De bom, apenas a beleza das amigas da protagonista, melhor explorada numa cena em câmera lenta, com um som de guitarras ao fundo. Mas mesmo isso se dissipa rapidinho. Quer dizer, nem tão rápido assim, pois filme ruim tem uma capacidade incrível de parecer mais longo.

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