quinta-feira, outubro 15, 2009

O EXÉRCITO DO EXTERMÍNIO (The Crazies)



Como era de se esperar, já providenciaram um remake de O EXÉRCITO DO EXTERMÍNIO (1973), um dos clássicos de George A. Romero. O novo filme, estrelado por Radha Mitchell, está previsto para estrear em fevereiro nos Estados Unidos. Sempre se espera o pior dessas refilmagens, mas há a chance de boas surpresas, como pudemos comprovar com alguns exemplares recentes, como A ÚLTIMA CASA e SEXTA-FEIRA 13. Sabendo da refilmagem, eu me esforcei um pouco mais para finalmente ver o original. Há tempos eu tentava conseguir uma cópia com legenda sincronizada e não conseguia. Dessa vez, eu consegui sem muito esforço.

Um dos grandes diferenciais do cinema de Romero é a maneira como seus filmes conseguem transgredir as regras do que se espera de um filme de horror. Isso se torna evidente em O DESPERTAR DOS MORTOS (1978) e nos demais filmes de zumbis do diretor, que mais parecem dramas de guerra do que filmes de horror. Talvez a exceção seja CREEPSHOW (1982), que não podia ser diferente, tendo em vista suas origens, nos quadrinhos de terror da E.C. Comics e com roteiro de Stephen King.

O EXÉRCITO DO EXTERMÍNIO até utiliza instrumentos de percussão típicos de filmes de guerra na maior parte de sua trilha sonora. O que se nota também neste trabalho da fase inicial da carreira de Romero é ainda um estilo rústico de filmagem e de dramatização, lembrando as produções baratas lançadas diretamente em vídeo nos anos 80. Acho que isso acaba prejudicando um pouco a construção de uma atmosfera de tensão diante dos eventos.

Na trama, a população de uma cidade começa a se comportar insanamente. A primeira cena do filme mostra o comportamento agressivo de um pai diante de seus dois filhos pequenos, que vêem sua mãe morta na cama. Em seguida, um grupo de militares trajando roupas anti-radioatividade entram nas casas, escolas e hospitais para lidar com o problema. Que se agrava ainda mais com a falta de informação do que está realmente acontecendo. Com o pânico geral, fica difícil distinguir quem são de fato os infectados.

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