quarta-feira, maio 20, 2009

24 HORAS - SÉTIMA TEMPORADA (24 – Season Seven)



Antes que peçam que eu mude o nome do blog para Diário de um "Seriéfilo" - a Alessandra, inclusive, até comentou, brincando, que isso aqui costumava ser um blog de cinema :) -, aviso que esse é o quinto e último da série de posts sobre as recém-encerradas temporadas de séries. E dessa vez falo sobre uma das séries que mais tempo eu acompanho. A sétima temporada de 24 HORAS (2009) foi surpreendentemente uma das melhores da história da série. Depois de uma sexta temporada vergonhosa e de um telefilme fraco e metido a Rambo que aparentemente antecipava uma temporada ainda mais medíocre, eis que os realizadores acertam a mão e fazem a engrenagem funcionar bem novamente.

Um dos problemas mais difíceis de 24 HORAS é a dificuldade de se fugir dos próprios clichês que a série criou ao longo dos anos. Mas uma vez que se percebe que não se pode fugir totalmente da fórmula original, o que se espera é que as pequenas inovações que venham a surgir e o bom andamento da direção e das reviravoltas na trama sejam suficientes para se criar uma boa e agradável temporada, com novas aventuras de Jack Bauer, um dos personagens mais representativos dos anos 2000 e que nasceu praticamente junto com a paranoia antiterrorista que abateu os Estados Unidos e boa parte do mundo. Assim, uma coisa que sempre veremos na série é Jack Bauer enfrentando um grupo de terroristas. Bem que eu queria ver uma coisa diferente disso, mas parece que isso nunca ocorrerá.

A novidade da sétima temporada é que a CTU, a unidade contra-terrorismo bancada pelo Governo americano fechou. E uma mulher é atualmente presidente do país. Aliás, aproveito para dizer que ela é uma das personagens mais chatas dessa temporada. Ficava o tempo todo esperando que a matassem, especialmente num dos momentos mais marcantes da temporada, que foi a invasão dos terroristas africanos à Casa Branca. Em compensação, uma certa agente do FBI conquistou a todos com sua beleza, seu charme e seu excelente desempenho. Trata-se da agente Renee Walker (interpretada por Annie Wersching), que tem as vinte e quatro horas mais intensas de sua vida, ao trabalhar em parceria com Jack Bauer, um homem que está tendo que responder na justiça pelos atos de tortura que realizou no passado.

Rostos velhos conhecidos aparecem: Tony Almeida, que estava morto; a fiel Chloe, sempre a postos para auxiliar Jack; Bill Buchanan, em participação importante; e até a sumida filha de Jack, Kim, dá o ar de sua graça e é responsável por um dos momentos mais emocionantes da temporada. Acho que desde a segunda ou terceira temporada que a série não me fazia chorar. E as circunstâncias em que isso acontece são mais ou menos parecidas. Geralmente envolvendo pessoas com expectativa de uma morte iminente em momento de despedida com um ente querido. No mais, é o velho corre-corre de sempre, os quase sempre eficientes ganchos, as mudanças constantes de vilões – quando um morre, outro pior aparece -, e sempre há um traidor, seja na Casa Branca, seja na CTU – no caso da sétima temporada, isso é transferido para uma agência do FBI em Washington. O último episódio guarda uma surpresa na estrutura, o que só ajuda a confirmar a impressão de que essa é uma das melhores temporadas de 24 HORAS. Andam dizendo que a oitava será a última.

P.S.: Está no ar uma das edições mais legais da Revista Zingu!, agora com Gabriel Carneiro como editor-chefe. O destaque é um dossiê do chamado "cinema de bordas", sobre cineastas brasileiros que fazem filmes underground, como Petter Baiestorf e Felipe M. Guerra, que geralmente trabalham com o gênero horror, cinema de guerrilha mesmo, não importando a pobreza da produção. O importante é filmar, fazer o que gosta. Na sessão Musas Eternas, Filipe Chamy escreve sobre a encantadora Julie Delpy.

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