segunda-feira, agosto 18, 2008

STAR WARS: THE CLONE WARS



Se mesmo com todo aquele rebuliço que causava a cada novo episódio de STAR WARS que chegava às telas George Lucas já demonstrava sua pouca habilidade na direção, fazendo filmes cada vez mais estéreis, com STAR WARS: THE CLONE WARS (2008), a animação criada desleixadamente pelo estúdio de Lucas, é mais uma arma para que os detratores da cine-série tratem logo de diminuir o seu valor de vez. É George Lucas queimando o próprio filme, que já estava esfumaçado. Aliás, pode-se dizer que os próprios fãs em geral receberam os três mais recentes episódios de STAR WARS como um banho de água fria. Tudo bem que Lucas foi melhorando a cada episódio, mas mesmo assim não deixou de ser decepcionante, se comparada à trilogia original.

Com uma trama situada entre o EPISÓDIO II - O ATAQUE DOS CLONES (2002) e o EPISÓDIO III - A VINGANÇA DOS SITH (2005), a animação não tem muito a acrescentar à mitologia da série, apenas preenchendo o espaço com cenas de ação bocejantes, que parecem saídas de videogame barato. Pois o que tem de videogame com visual melhor e mais sofisticado por aí não está no gibi - essa expressão é velha pra caramba, hein. A animação dos personagens é tão dura e os diálogos são tão apagados que nota-se que a única justificativa para passar esse filme nos cinemas foi mesmo a vontade de ganhar mais dinheiro, já que inicialmente foi cogitada a idéia de STAR WARS: THE CLONE WARS ser um piloto de uma série a ser exibida no Cartoon Network e na TNT a partir do próximo ano. Aliás, dizem que a série anterior, STAR WARS: GUERRAS CLÔNICAS (2003), lançada em dvd no Brasil em dois volumes, com um estilo mais tradicional de animação e mais parecida com anime, é muito boa. Mas não sou suficientemente fã da série e não cheguei a conferir. Não sei o quanto as duas séries terão em comum em termos de estória. O que eu posso dizer é que como piloto de série, STAR WARS: THE CLONE WARS não anima suficientemente o espectador para ver os episódios seguintes. Ver no cinema só acentua as suas fraquezas.

Dos atores originais da segunda trilogia, apenas dois aparecem dublando: Christopher Lee, no papel do Conde Douku (esse negócio de traduzir para Dukan é frescura e tira a graça do nome do personagem para os brasileiros), e Samuel L. Jackson fazendo a voz de seu personagem, o jedi Mace Windu. De novidade, o filme tem uma nova personagem de destaque: uma padawan - que é o termo que eles usam para aprendiz de jedi - para Anakin Skywalker. Talvez o filme ainda agrade os fãs mais ardorosos da série, que podem ver de novo nos cinemas o asqueroso Jabba, o sábio Yoda, o planeta onde Anakin nasceu, os dróides, os simpáticos robôs R2-D2 e C-3PO, sempre presentes em todos os episódios da série, a senadora Amidala etc. Enquanto isso, aproveitando a sua falta de criatividade para fazer qualquer outra coisa que não esteja relacionada a STAR WARS, George Lucas vai perdendo crescentemente o seu crédito diante dos fãs. Tem gente que nasce para ser artista; outros nascem para serem empresários ou gerentes, que visam fundamentalmente o lucro acima de tudo.

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