segunda-feira, junho 04, 2007

EXTERMÍNIO 2 (28 Weeks Later)



A continuação de EXTERMÍNIO (2002), longa de horror de Danny Boyle que trouxe uma variação para os filmes de zumbis, se saiu melhor que a encomenda. Dessa vez, Boyle deixa a direção e assina como produtor executivo, dando a cadeira de diretor ao espanhol Juan Carlos Fresnadillo, diretor do thriller INTACTO (2001, disponível nas locadoras). EXTERMÍNIO 2 (2007) é melhor que o original, trazendo uma dramaticidade que foge do que a gente costuma ver na maioria dos filmes do gênero, que costumam se preocupar mais com os sustos e os arrepios do que com um maior aprofundamento do drama dos personagens.

EXTERMÍNIO 2 começa muito bem, mostrando um grupo de pessoas escondidas num chalé sem energia elétrica e com pouca comida preocupadas principalmente em sobreviver naquele país devastado por uma praga que infectou e destruiu a todos. Como visto no primeiro filme, as pessoas infectadas ficam parecidas com zumbis, só que muito mais rápidos e raivosas do que os zumbis criados por George Romero. Na verdade, o termo "zumbi" não é citado em nenhum dos filmes. O correto é mesmo chamá-los de "infectados". Pois bem, essas pessoas, durante o almoço - que a princípio parece um jantar, pois está tudo escuro dentro da casa, iluminada apenas por velas -, são interrompidas pelos gritos de uma criança que está sendo perseguida por dezenas de infectados. Eles aceitam o garoto na casa, mas o menino acaba trazendo os infectados, famintos por carne humana, que invadem o chalé e atacam todo mundo. Robert Carlyle, que já tem no seu currículo um histórico de comer carne humana (vide MORTOS DE FOME, de Antonia Bird), é aparentemente o único do grupo que consegue escapar, fugindo numa lancha.

Depois desse belo e aterrorizante momento, o filme avança no tempo 28 semanas. Os infectados haviam morrido de fome por falta de vítimas e a Gran-Bretanha estava completamente arrasada. O governo dos Estados Unidos foi o responsável pelo reerguimento do país e muitos britânicos que estavam fora da ilha voltaram para recomeçar a vida no lugar, agora gerenciado pelo exército americano. Os filhos adolescentes do personagem de Robert Carlyle retornam para a Inglaterra para viver com o pai. Outra personagem de destaque é Scarlet (a australiana Rose Byrne, de SUNSHINE - ALERTA SOLAR), a cientista que estuda a doença e que acaba tendo uma relação de proximidade com os citados jovens.

Um dos maiores pontos positivos de EXTERMÍNIO 2 é a estória cheia de momentos criativos. Principalmente o fato de que o horror não está apenas no ataque dos infectados, mas também no perigo de se morrer pelas mãos do próprio exército americano, que não hesita em tomar atitudes drásticas para exterminar a praga. Quem acompanha LOST poderá ver Harold Perrineau, o Michael da série, no papel de um dos atiradores de elite do exército. Tudo bem que o filme não consegue manter a mesma excelência do prólogo em seus desenvolvimento, mas ainda assim é uma diversão eficiente, que não tenta apelar para sustos fáceis e que traz soluções inteligentes na trama, sempre que ameaça naufragar.

P.S.: Falando em zumbis e similares, antes de EXTERMÍNIO 2 passou o trailer de RESIDENT EVIL 3: A EXTINÇÃO. O filme, eu não sei, mas o trailer é animador.

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