quinta-feira, maio 24, 2007

HEROES - 1ª TEMPORADA (Heroes - Season 1)



E vão chegando ao final as temporadas das séries mais badaladas da atualidade. De todas essas séries, HEROES foi talvez a que teve maior sucesso de público. Tanto que mal começou, a segunda temporada já estava garantida pela NBC. Eu, particularmente, não sou muito fã da série. Me incomodam os diálogos toscos e os desempenhos canastrões dos atores. Talvez ver A SETE PALMOS tenha me deixado mal acostumado com séries bem escritas e com grandes performances. Se bem que eu gosto de PRISON BREAK, que nem é uma série que prima pelos bons textos. Mas sei lá, tem algo em HEROES que me incomoda. Ainda assim, não chego a desgostar totalmente. Senão, nem teria chegado ao final dessa primeira temporada (2006-2007) que durou 23 episódios. E não deixa de ser curioso eu, um fã de quadrinhos de super-heróis, não gostar muito dessa série e nem ter a mínima vontade de assistir SMALVILLE.

E HEROES tem uma estreita relação com os quadrinhos. Até o Stan Lee fez uma participação especial num episódio. Jeph Loeb, conhecido roteirista de quadrinhos da Marvel, é um dos produtores executivos, ao lado do criador da série, Tim Kring. A idéia da série parece chupada de "Rising Stars", de J. Michael Straczynzki, que é sobre a misteriosa aparição de várias pessoas com super-poderes. Assim, temos um japonês que pode parar o tempo, uma chearleader cujo corpo se regenera em questão de segundos, um rapaz que é capaz de absorver os poderes de outros, um político que tem a capacidade de voar, um policial que lê pensamentos, um pintor que retrata o futuro em seus quadros, uma stripper que tem dupla personalidade, sendo que uma delas tem super-força e é malvada, meio como Dr. Jekyll e Mr. Hyde, entre outros.

No começo, a série é bem chata, mas aos poucos os episódios vão melhorando. Pra mim, um dos primeiros episódios interessantes é aquele em que a Claire Bennet, a chearleader indestrutível, acorda num necrotério. O personagem Peter Petrelli, um dos principais da série, também vai ganhando a simpatia do público aos poucos. No começo, ele só parece um emo chato. Se bem que o irmão dele é ainda mais chato. Até a season finale, Nathan Petrelli, o político voador, é uma antipatia só, um sujeito que não se pode confiar, como, aliás, todo político. Hiro Nakamura, o japonês capaz de parar o tempo e viajar no tempo e no espaço, é o responsável por alguns dos melhores momentos da série, como quando ele viaja para cinco anos no futuro e se encontra consigo mesmo e com os demais personagens da série, levando suas vidas depois que uma explosão atômica mata milhões de pessoas em Nova York.

A frase mais famosa da série, "save the chearleader, save the world", não é de levar muito a sério, por isso, é preciso primeiro "comprar a idéia", para ao menos poder se divertir um pouco com a trama. Há um supervilão, o Sylar, que é quem faz a trama andar durante praticamente todos os episódios. O objetivo principal dos personagens é matar Sylar e impedir que o "homem que explode" mate milhões de pessoas. Na verdade, eu achei esse enredo um pouco desinteressante e senti falta de um maior aprofundamento dos personagens - como em LOST -, e a opção pela narrativa "dinâmica" torna a série bem fria. O que mais se destaca em HEROES é o visual, realmente bem caprichado e que chama a atenção desde os créditos iniciais e o título do episódio, sempre mostrado de forma bastante inventiva. Analisando os prós e os contras, resta a dúvida: acompanhar ou não acompanhar a segunda temporada? Eis a questão. Não que eu esteja preocupado com isso. Quero mesmo é ver a season finale de LOST e a minha conexão está com problema. :(

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