sexta-feira, junho 02, 2006

ENSINA-ME A VIVER (Harold and Maude)



Meu interesse por esse filme se deve mais à sua importância dentro da década de 70 do que propriamente a uma atração pelo tema ou pela obra do diretor Hal Ashby. Aliás, Ashby, assim como Bob Rafelson, pertencem àquela categoria de cineastas que me dão sono, tirando uma ou outra exceção. Não vi AMARGO REGRESSO (1978), mas achei A ÚLTIMA MISSÃO (1973) e MUITO ALÉM DO JARDIM (1979) um pouco chatos. Além de não me dizerem nada. Vale mais pela boa performance de seus astros.

ENSINA-ME VIVER (1971) foi um dos títulos destacados no documentário A DÉCADA QUE MUDOU O CINEMA do qual eu falei recentemente aqui no blog. Se eu não achei o filme nenhuma obra-prima, não há dúvidas de que se trata de um autêntico produto da década. A filosofia hippie, a valorização da natureza, a atitude rebelde, isso é muito a cara dos anos 70.

Na trama, jovem rapaz - cuja principal diversão é ir a funerais e simular suicídios para assustar a própria mãe - conhece uma senhora alegre de oitenta anos que lhe mostra uma nova forma de encarar a vida. A história dos dois é contada ao som de muito Cat Stevens, autor da trilha sonora. Aliás, está aí uma outra característica que define o filme como produto setentista. Não chega a causar o mesmo prazer que foi ouvir Leonard Cohen em QUANDO OS HOMENS SÃO HOMENS, de Robert Altman, mas as canções acústicas de Stevens, sem dúvida, tornam o filme mais charmoso.

Gravado da Band.

P.S.: Engraçado esse cartaz da direita que quer vender o filme como uma comédia rasgada. Propaganda enganosa para arrebanhar outro tipo de público.

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