sexta-feira, maio 05, 2006

JOHN LANDIS EM TRÊS FILMES

 

Fiquei interessado em fazer uma retrospectiva na obra de John Landis logo depois de ver DEER WOMAN (2005), o meu favorito da antologia MASTERS OF HORROR. E que bom que Landis vai estar também na segunda temporada da série, com um filme de nome FAMILY (2006), além de estar com mais quatro produções agendadas. Ao que parece, o homem está voltando à boa forma. Aproveitei que a TNT exibiu três filmes dele durante o mês de abril, anotei para gravar e já os assisti. São três filmes de gêneros diferentes: uma comédia, um policial e um horror. Em comum, os três contém uma boa dose de humor e até poderiam ser classificados, os três, como comédias. Aliás, sobre TRÊS AMIGOS (1986), poderia-se dizer que é um western também. Dois desses filmes contêm participações especiais de algumas celebridades. 

TRÊS AMIGOS (¡Three Amigos!) 

Esse filme já é quase um clássico e traz três ótimos comediantes da década de 80, Steve Martin, Chevy Chase e Martin Short. Dos três, o único a permanecer no primeiro escalão de Hollywood foi mesmo Steve Martin, que nem parece ter envelhecido, já que desde cedo já tinha aquele cabelo branco. O estilo do Chevy Chase sempre foi mais discreto mesmo e por isso ele acabou sendo pouco valorizado ao longo do tempo. Na trama, que se passa no início do século XX, três atores americanos que interpretam mexicanos no cinema (mudo) são convidados por uma jovem senhora para irem ao México lutar contra um temido pistoleiro. Por causa de uma falha de comunicação, os três vão até lá achando que tem apenas que se exibir para o público e ganhar um bom dinheiro. Esse é o mote para que uma série de situações engraçadas se desenvolva. 

INOCENTE MORDIDA (Innocent Blood) 

A década de 90 não começou muito bem para Landis. Ele havia sido indicado ao Framboesa de Ouro pelo filme OSCAR - MINHA FILHA QUER CASAR (1991), com o Sylvester Stallone, também em fase decadente. Ele decidiu voltar ao terreno do horror, que o consagrara no espetacular UM LOBISOMEM AMERICANO EM LONDRES (1981). INOCENTE MORDIDA (1992) vem com um trunfo: a bela Anne Parillaud, com seu belo corpo nu e seu sorriso que deixa qualquer um desarmado. Ela havia feito sucesso com NIKITA, de Luc Besson. Inclusive, em NIKITA, eu nem tinha achado a moça bonita. Já em INOCENTE MORDIDA ela está linda. Parillaud interpreta uma bela vampira que seleciona suas vítimas de maneira ética. Ela acaba se envolvendo com a máfia italiana e sem ter a chance de estourar a cabeça do chefão da máfia depois de sugar seu sangue, o nojento acaba virando vampiro também. Sua intenção é formar uma legião de vampiros poderosos para dominar toda a região. Ela, com a ajuda de um policial (Anthony LaPaglia), vai à procura dos vampiros mafiosos para matá-los. O filme é bem divertido e sexy. Provavelmente o melhor dele na década de 90. Participações especiais de Dario Argento, Sam Raimi, Frank Oz e Tom Savini. Interessante que nos créditos no final aparecem os nomes de Alfred Hitchcock, Bela Lugosi, Christopher Lee, entre outros célebres que aparecem nos filmes exibidos nas tvs. 

UM TIRA DA PESADA III (Beverly Hills Cop III) 

Outra derrapada na carreira de Landis, UM TIRA DA PESADA III (1994) serviu para sepultar de vez a série de sucesso estrelada por Eddie Murphy. A trama se passa quase que totalmente num luxuoso parque de diversões, quando o detetive Axel Foley (Murphy) vai à procura do assassino de seu parceiro, que morre numa operação mal sucedida no começo do filme. Landis retoma o lado mais cômico do detetive, perdida quando Tony Scott dirigiu UM TIRA DA PESADA II (1987). O problema do filme é que ele não consegue ser suficientemente engraçado no terreno da comédia e nem empolgante nas seqüências de ação. Acaba parecendo uma sessão da tarde morna, dessas que a gente assiste e pega no sono. Mas não chega a ser um filme ruim. Com esse filme, Landis recebeu outra indicação para o Framboesa de Ouro. Participações especiais: George Lucas, Al Green, Joe Dante e John Singleton. P.S.: No Cinema com Rapadura, tem coluna nova. Dessa vez eu falo sobre a boa safra de séries de televisão.

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