domingo, março 05, 2006

PALAVRAS DE AMOR (Bee Season)



Fim de semana bastante atípico esse que está passando. É como se todo mundo estivesse de ressaca por causa do carnaval. Não tem nada funcionando de verdade na cidade. Nem tivemos sequer uma estréia nos cinemas. No jornal, constava que O TERCEIRO OLHO estaria passando no Shopping Benfica e lá fui eu ver o filme. Quando cheguei lá, o rapaz da bilheteria falou que houve um problema com a fita e tiveram de cancelar a exibição. Como eu disse: nada funciona aqui nesse fim de semana nublado. E hoje é dia de Oscar, mas pretendo falar do prêmio só amanhã mesmo. Hoje vou tentar tirar um pouco o atraso dos filmes acumulados, falando de PALAVRAS DE AMOR (2005), de Scott McGehee e David Siegel, diretores do pouco visto, mas bastante interessante, ATÉ O FIM (2001).

Pois bem. Em poucas palavras, eu diria que PALAVRAS DE AMOR é um filme sobre a busca pelo sentido da vida, pela religião. Sendo que o termo "religião" teria o seu sentido original, de religar, de buscar novamente o vínculo com Deus ou com a força maior. O elenco é bem interessante. Só a presença de Juliette Binoche já justificaria a ida ao cinema. Essa mulher faz valer qualquer filme. Não apenas por ser bonita, mas por seu desempenho brilhante nas telas. Pena que o seu personagem é um dos mais ingratos do filme. Mas ainda assim, ela "chuta traseiros".

No começo, a família formada por Richard Gere, Juliette, Flora Cross e Max Minghella parece ser o modelo de família ideal, dessas que eu teria vontade de formar um dia, se tivesse dinheiro e uma formação educacional melhor. Aos poucos é que vemos que essa família também tem os seus problemas. Richard Gere é um rigoroso professor judeu, a pequena Flora é uma garota campeã em concursos de soletrar e que parece ter uma espécie de dom espiritual pra isso, Max envolve-se com a religião budista escondido do pai e Juliette esconde um segredo.

O filme tem a vantagem de apresentar coisas bastante diferentes do que a gente está acostumado a ver. Não sabia que existiam concursos de soletrar palavras nos EUA, nem que existia uma relação que a cabala guarda com a busca de Deus através das palavras. O final deixa um pouco a desejar, já que o começo é tão instigante, mas não deixa de ser um bom filme.

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