quarta-feira, agosto 25, 2004

NATUREZA QUASE HUMANA (Human Nature)



Outro filme que já vi há semanas e só agora comento é NATUREZA QUASE HUMANA (2001), primeiro longa-metragem do francês Michel Gondry. Assim como o seu amigo Spike Jonze, antes de ingressar no cinema, ele já era famoso por causa de seus videoclipes bacanas. Inclusive, saiu nos EUA um DVD com uma coleção de 27 clipes que ele dirigiu, entre eles o famoso vídeo dos White Stripes "Fell in Love with a Girl" (aquele com animação feita com bonecos lego); "Everlong", do Foo Fighters; "Human Behaviour", da Björk; "Protection", do Massive Attack; "Like a Rolling Stone", dos Rolling Stones. Lembrando que nesse último já tinha participação de Patricia Arquette, que está em NATUREZA QUASE HUMANA.

Lembro que quando ouvi pela primeira vez as notícias sobre o filme, quando ele aportou no festival de Cannes, chamou-me a atenção o fato de ele trazer Patricia Arquette andando pelada numa floresta e com o corpo coberto de pêlos. Já se sabia, então, que se tratava de um filme estranho com personagens esquisitos. Coisa da cabeça perturbada do modernoso Charlie Kaufman.

Aliás, é por conta de os dois longas de Gondry terem roteiro de Kaufman, que ficamos sem saber qual o seu verdadeiro estilo. O próximo projeto dele no cinema chama-se THE SCIENCE OF SLEEP, mas por enquanto no IMDB não há quase nada de informação a respeito.

Na história de NATUREZA QUASE HUMANA temos Patricia Arquette como a mulher que tem pêlos em todo o corpo (até no rosto), o homem que foi criado por um grupo de macacos (Rhys Ifans) e o cientista maluco (Tim Robbins). O desenvolvimento da história é interessante e contada em flashback pelos três personagens em três diferentes lugares. O filme não é tão bom quanto o recente BRILHO ETERNO DE UMA MENTE SEM LEMBRANÇAS (2004) mas é no mínimo interessante.

No DVD tem umas entrevistas com o elenco, mas achei tudo "enchimento de lingüiça". Os atores só falam coisas óbvias sobre os personagens. Pra quem já viu o fime são informações inúteis e o tal making of também não acrescenta muita coisa.

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