sexta-feira, julho 30, 2004

EFEITO BORBOLETA (The Butterfly Effect)



Eu ia falar de O FILHO, dos Dardenne hoje, mas tendo em vista a excelente surpresa que eu vi ontem no cinema, tenho que falar de EFEITO BORBOLETA, enquanto ainda estou no calor do entusiasmo. Sabe o que eu mais gostei no filme? A sua primeira metade, que é um puta filme de horror. Eu não me assustava tanto desde RABBITS, de David Lynch. Sério. Não sei se foi por causa do som do cinema, que estava muito bom (foi no cinema do North Shopping) ou se a sala estava quase vazia. Mas isso não importa. O que importa é que se um filme consegue trazer à tona os nossos medos e nos envolver de tal forma que cansaço e sono passam longe, ele merece sim ser respeitado.

O filme inicia com um dizer da Teoria do Caos que fala que um simples bater das asas de uma borboleta pode provocar o holocausto nuclear. A primeira metade é praticamente um filme de terror, quando os apagões na memória do personagem principal deixam um clima de mistério amedrontador. (Os dois atores que interpretam o personagem principal na infância e na adolescência são muito bons.) A segunda metade focaliza a trama nas "viagens no tempo" e na tentativa do personagem de Ashton Kutcher de modificar as várias realidades que ele vai criando a partir de uma simples mudança de comportamento em determinado momento chave do passado.

Eu, por exemplo, que costumo ficar me questionando o que seria de mim hoje se eu tivesse feito tal coisa em determinado momento de minha vida, simplesmente viajei na brincadeira de ir e voltar no tempo, de apagar ou modificar a vida e ver as conseqüências no presente/futuro. Adorei o final do filme com a canção do Oasis "Stop Crying Your Heart Out". Saí do cinema arrepiado, e feliz da vida por ter ganhado o dia.

EFEITO BORBOLETA é, pra mim, um dos melhores filmes do ano. E um dos mais subestimados também.

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