segunda-feira, fevereiro 02, 2004

MINHA PARA SEMPRE (Forever Mine)



Ontem na FOX passou esse filme de Paul Schrader. Acho que foi a primeira exibição comercial do filme no Brasil. O filme continua inédito em cinema e em vídeo no país. Gosto de todos os filmes de Schrader. Ele não tem a genialidade e a mão firme do seu amigo Scorsese, mas é um grande roteirista e tem muitos filmes bons no currículo como diretor. Acho até difícil dizer qual dos filmes dele gosto mais.

MINHA PARA SEMPRE é um melodrama com toques de suspense. É muito bizarro para ser descrito como uma história de amor. Digo bizarro, mas principalmente por causa de Joseph Fiennes, um sujeito que é um ator horrível, é feio, sem charme e, mesmo assim, esse já é o segundo papel que eu vejo dele, em que ele interpreta um cara que possui o dom de atrair mulheres bonitas (lembram de MATA-ME DE PRAZER?).

Nesse filme a coisa piora ainda porque os seus gestos no filme são de assustar qualquer mulher que tenha o mínimo de bom senso. Outra coisa: o par romântico do sujeito é a linda Gretchen Mol.

Na história, ele é um garçon de barraca de praia que se apaixona pela mulher de um político (Ray Liotta). A paixão vira obsessão e a cara de pau do sujeito faz com que ele se meta em encrenca, já que o tal político é um “escroto”, definição do próprio. (Em certa hora do filme, Liotta diz pra Fiennes que no mundo só existem dois tipos de homens: os babacas e os escrotos. Fiennes era o babaca; ele, o escroto. Liotta é um bom ator, mas o problema é que ele repete muito o tipo que vem fazendo desde TOTALMENTE SELVAGEM em 1986.)

O filme é uma história de vingança, estilo “O conde de monte cristo”. Tem a qualidade de manter o interesse até o fim, mas a melhor coisa do filme é mesmo a Gretchen Mol, que - pensando bem - justifica qualquer comportamento insano.

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