quinta-feira, outubro 17, 2002

A CASA DO ALÉM (E tu vivrai nel terrore / The Beyond)

Essa semana assisti ao filme A CASA DO ALÉM (The Beyond) do Lucio Fulci. Desde a primeira cena da morte do pintor-feiticeiro que dá pra notar um certo prazer mórbido em exibir sequencias violentas. A cada chicotada que corta a carne do sujeito, a câmera avança pra ver melhor o sangue espirrando, a carne lacerada. Engraçado que todos nós temos essa curiosidade mórbida de ver esse tipo de coisa, ainda que nem sempre o estômago aceite.

A história é meio confusa e não dá pra engolir muito bem, mas pelo que eu li THE BEYOND é um filme de imagens. A história não necessariamente precisa ser o ponto central de um filme. Dá até pra comparar com música: uma canção não necessariamente precisa de ter uma letra boa pra ser uma canção boa. (Talvez a comparação não tenha sido feliz, mas acho que fui entendido. Heheheh.)

Na história, uma casa que serve de portal para o inferno passa a ser habitada por um casal. Um dos guardiões desse portal havia sido assassinado brutalmente sob acusações de bruxaria logo no início do filme. De repente, coisas estranhas começam a acontecer como o aparecimento de uma cega misteriosa e zumbis passeando por aí.

A música do filme é muito boa e às vezes chega a destoar de sequencias mais violentas. Isso é legal. Foge do clichê. A sequencia final também é deslumbrante (o que é aquele cenário, hein?). Aliás, o filme todo, os enquadramentos, tudo é feito para ficar visualmente bonito na tela. Mesmo as cenas de olhos sendo perfurados ou coisas do tipo são feitas com um capricho estético impressionante. Nesse sentido, ele é até superior a ZOMBI.

Confesso que a falta de uma história mais coesa me deixou meio cabreiro, mas, por outro lado, deu uma vontade de ver outros filmes do Fulci. Sinto que eu preciso ver mais desses pra começar a me habituar. Queria ver aquele com a Florinda Bolkan, por exemplo.

Da mesma fita gravada pelo Fab Rib (thanx, buddie), eu também vi os extras do DVD de UM LOBISOMEM AMERICANO EM LONDRES. Muito legal. O mais interessante é o processo de maquiagem de Rick Baker. Sensacional. E pensar que todo aquele trabalho hoje em dia se resolve facilmente com CGI.

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